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Poeminha do amor maior

POEMINHA DO AMOR MAIOR

Amo-te tanto, anjo nobre, hoje ferido

guiando-te em sonho, de volta ao paraíso.

 

Amo-te machucado, ó pássaro dourado

soprando o vento rumo a um céu todo estrelado.

 

Amo-te assim, flor tão pura e delicada

suspirando os perfumes das pétalas soltas, despedaçadas.

 

Amor esse, é o meu, profundo e denso,

mas que transborda diante de tua beleza, em face de todas as tuas tristezas.

 

 

 

 

Piano em caldas

PIANO EM CALDAS                                                 
O pianista vem piano de lontano,
abre a tampa e rege provocando.
Faz concerto e desconserta
sua musa agora descoberta.

É a anarquia musical rogando alma.
Eu, destronada ofereço e bato palmas.
O artista me solfeja no pescoço,
Resposta: eu o colcheio com as coxas

REsultado:surge um SOL sustenido,
suspendido debaixo do umbigo.
MI toca, MI beija, MI tortura,
MI nota, MI clava, MI partitura.
 
Vem de LÁ, vem sem DÓ, vem, vem, vem
cheio de SI e me dedilha por aqui e por ali.
 
O metrônomo não mais alcança
o alegro nervoso dessa dança.
 
Não se sabe, nem mais quais
são os meus, ou os seus pedais.
Há muito já se foram pras cucuias
os esquerdos e os direitos autorais.
 
O coro come em agudos e graves,
a sinfonia improvisada que ele Faz.
O stacatto segue firme o seu compasso,
o volume aumenta e é só estardalhaço.
 
Mas no instante mágico da pausa tônica,
o músico em harmonia  me mela o dia.
Em todos os cantos e contra-cantos
desse quarteto onde a gente jazz.
 
Silêncio, pausa, reverberação.
...
Eu, poetisa violada e feliz,
ainda semi-confusa, mas
jamais em ponto de fuga,
mesmo me sentindo bemole,
não dou a semínima!
 
Breve junto forças pro acorde:
Recomeço então pelo refrão.
 
Toco o seu diapasão,
fico toda afinada,
e mais uma vez eu
 
peço bis,bis, bis, bis...

 

 

 

 Bisbilhoteiro
O BISBILHOTEIRO
O buraquinho da fechadura na porta do céu é a lua
Esse portal antigo possui também pequenas gretas:
Deus deixa escapar seu luzeiro através das estrelas

O paraíso é perfeito.
O tal buraquinho-lua
no momento da forma
molda-se ao olho divino:

Se míngua côncavo
Ele sorri do pirulito
dado ao mendigo
pela incauta criança.

Quando míngua convexo
são os tristes dias de guerra
que Ele perplexo observa.

Quando o astro se renova
está tirando um argueiro
com o colírio da esperança

Já quando o satélite está cheio...
O Criador está totalmente atento
aos amantes no instante do beijo!

 

 

 

In verso

In verso

Chorei lágrimas secas
Me enchi de vazio
Odiei o amor
Comi o vento
Freei o rio
Parei o tempo

Dormi Paula
Acordei Papoula

Dormi Antônia
Despertei Antônima

 

 

 

Delírio da farda

Delírio da Farda

Sobrevoa as nuvens do meu perfume
Aterrissa nas tábuas do meu tapume
Navega nas ondas dos meus cabelos
Te ancora nas ancas dos teus desejos

Percorre as rodovias
das minhas curvas
Atravessa os sinais
vermelhos em mão dupla
General, Capitão,
me degusta, sou brigadeiro
Aporta nas portas
despojadas de porteiro

Navega por entre
os meus fluidos quentes
Lubrifica as roldanas
pra que não te acidentes
Segue viagem longa e segura,
 querido motorista
Conduz a máquina possante,
exímio maquinista

Teu trem segue os trilhos
dos meus caminhos
e apita forte, chegando ao fim
 dos teus destinos.

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